O ozônio (O3) é uma molécula triatômica de estrutura cíclica com alto poder oxidativo.
A ozonioterapia é uma terapia médica que utiliza o gás ozônio (O3) com fins terapêuticos. Essa prática é baseada nos efeitos benéficos do ozônio medicinal, que é obtido a partir do oxigênio medicinal (O2) através de um processo de transformação que adiciona uma molécula de oxigênio, formando o ozônio. O ozônio medicinal possui propriedades biooxidativas que podem ser aproveitadas para tratar uma variedade de condições.
Os efeitos bioquímicos do ozônio no corpo humano são:
Os efeitos fisiológicos do ozônio no corpo humano são:
De acordo com a ANVISA, a ozonioterapia pode ser indicada na área odontológica para:
Tratamento de Cáries
O ozônio pode eliminar as bactérias que causam cáries devido a sua ação antimicrobiana, podendo ser indicado no seu tratamento. Entenda melhor o que são cáries e o seu tratamento.
Doenças periodontais
A aplicação de ozônio pode auxiliar na prevenção e tratamento de doenças periodontais, como gengivite e periodontite, devido à ação antimicrobiana e à capacidade de estimular o sistema imunológico.
Tratamento de canal
A Ozonioterapia pode ser indicada no tratamento de canal para prevenir o crescimento de bactérias e evitar infecções no local onde o procedimento está sendo feito. Veja como é feito o tratamento de canal.
Cirurgias dentárias
A ozonioterapia pode auxiliar o processo de cicatrização das feridas após cirurgias dentárias estimulando a circulação de sangue, a egeneração do tecido e diminuindo a inflamação no local.
Auto-hemoterapia Menor – PAHT:
A técnica de Autohemoterapia Menor é feita com a retirada de uma quantidade específica de sangue de uma veia e sua posterior aplicação em região muscular. Pode ser usada em doenças alérgicas, acne ou de maneira geral para melhorar a resistência inerente do organismo.
Auto-hemoterapia Maior – GAHT
É o tratamento externo do sangue do paciente, seguido de reinfusão por via endovenosa. A Autohemoterapia Maior é caracterizada pelo tratamento do sangue do paciente, que é feito externamente com ozônio. A reifusão, por sua vez, é feita por vias endovenosas.
No organismo, o gás reage imediatamente junto às substâncias presentes nos glóbulos vermelhos, brancos e no plasma sanguíneo, estimulando todo o seu metabolismo.
Além de ser uma excelente alternativa contra problemas circulatórios, a técnica se destaca contra doenças virais, como herpes, hepatites e outras semelhantes, além de inflamações intestinais crônicas, como é o caso das colites.
Insuflação retal
Na insuflação retal, por sua vez, é feita de maneira indolor, através de sonda plástica, o gás é absorvido pela mucosa do intestino, proporcionando os efeitos imediatos de melhoria do metabolismo das células, da respiração e da oxigenação celular.
Por melhorar a flexibilidade dos glóbulos vermelhos, a insuflação retal também estimula a circulação sanguínea, inclusive nas vias capilares.
Sua ação fungicida, bactericida e antiviral também é muito significativa contra inúmeras patologias, especialmente em quadros de hepatites virais e herpes.
Além de ativar os sistemas antioxidantes do organismo, a insuflação retal tem um poderoso efeito anti-inflamatório, aumenta a saturação de oxigênio no sangue e favorece a produção natural de interleucina e interferon.
Insuflação vaginal
A insuflação vaginal, por sua vez, é feita de maneira indolor, através de sonda plástica, e é indicada em casos de infecções vaginais, com destaque para os quadros de candidíase de repetição.
Injeção intra-articular de ozônio
Este é injetado diretamente dentro do espaço articular da articulação afetada. Este procedimento requer treinamento especial do médico, e é utilizado em muitos consultórios de ortopedia. É indicado em artrites, artroses e rigidez articular. Com a injeção intra-discal, realizada por neurocirurgiões e ortopedistas treinados, é possível tratar um grande número de hérnias de disco, evitando cirurgias maiores.
Injeção subcutânea de ozônio para efeito analgésico
Alívio de dores agudas e crônicas, hérnia de disco
Tratamento tópico com ozônio
São utilizadas bolsas apropriadas (bag) este método requer um sistema fechado de circulação da mistura gasosa. Uma parte do corpo, por exemplo, uma perna é colocada dentro de um saco plástico transparente, feito de material ozônio-resistente, cujas bordas são vedadas junto à pele.
A parte do corpo a ser tratada deve ser previamente umedecida com água, porque o ozônio age menos em áreas secas. Em seguida, o ar é retirado de dentro do saco plástico, e a mistura oxigênio-ozônio é injetada. Após 10 a 20 minutos o ozônio é aspirado para fora do saco plástico, e este é retirado do paciente. Este método é altamente eficaz para tratar úlceras, escaras, feridas abertas, lesões pós-operatórias, herpes, áreas infectadas, queda de cabelo, dentre outras lesões.
Ozônio usado para fins estéticos
As aplicações subcutânea visam combater:
Celulite, gordura localizada, flacidez escleroterapia de microvarizes, olheiras, rugas de expressão, acne, queda de cabelo, manchas de pele, cicatrizes hipertróficas, queloides, nódulos de gordura (lipomas), dermatites, para revitalização facial e no pós-operatório de cirurgias plásticas reparadoras ou estéticas.
O uso da água bidestilada ozonizada tem sido demonstrado como altamente interessante na odontologia, principalmente no tratamento de canais dentários e de afecções da gengiva. Á água ozonizada bidestilada é também utilizada no tratamento de queimaduras. O azeite ozonizado tem sido aplicado no tratamento tópico de úlceras, feridas, escaras e dermatites, com bons resultados. Usam-se principalmente o azeite de oliva e o óleo de sementes de girassol. É segura a inalação de azeite ozonizado (e não da mistura gasosa oxigênio-ozônio), pois as triozonides de trioleína presentes na sua composição, exercem efeito anti-inflamatório e mucolítico, muito útil em processos infecciosos de vias aéreas superiores.
A principal contraindicação é a deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise.
Em casos de hipertireoidismo descompensado, diabetes mellitus descompensado, hipertensão arterial severa descompensada e anemia grave, é necessário que a estabilização clínica dessas situações seja realizada previamente à aplicação da Ozonioterapia.
Além dessas mais extremas, podemos citar também:
Reconhecida pelo Sistema de Saúde de nações mundo afora, a Ozonioterapia é praticada há várias décadas nos 5 continentes.