Microagulhamento também conhecido como indução percutânea de colágeno por agulhas (IPCA). O procedimento consiste em perfurar a pele com microagulhas, que variam entre 0,5 mm e 2,5 mm de comprimento, a fim de criar pequenas lesões na superfície da pele. Essas lesões ativam a regeneração da pele e estimulam a produção de colágeno e elastina, substâncias que conferem elasticidade e firmeza à pele. Para potencializar o tratamento, o microagulhamento é associado ao uso de substâncias tópicas (que penetram com mais facilidade pelos canais formados pela técnica), que servirão como via de transporte de ativos (drug delivery) para as camadas mais profundas da pele.
A técnica age de duas maneiras: sendo uma pela estimulando a produção natural de colágeno (PNC) através da resposta ao processo inflamatório e outra facilitando o Sistema de Acesso Transdermal de Ingredientes (SATI), conhecido como “drug delivery”: o aumento de permeação de ativos.
O estímulo à produção de colágeno, inicia-se com a perda da integridade da barreira cutânea, tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, o que resulta na liberação de citocinas como a interlucina, resultando em vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico.
O processo de cicatrização ocorre em três fases: na primeira, a de injúria, ocorre liberação de plaquetas e neutrófilos responsáveis pelos fatores de crescimento com ação sobre os queratinócitos e os fibroblastos. Na segunda, os neutrófilos são substituídos por monócitos, e ocorrem a angiogênese, a epitelização e a proliferação dos fibroblastos, seguidas da produção de colágeno tipo III, elastina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Na terceira, a de maturação, o colágeno do tipo III, que é predominante na fase inicial do processo de cicatrização e que vai sendo lentamente substituído pelo colágeno tipo I, mais duradouro, persistindo por prazo que varia de cinco a sete anos.
Quanto ao mecanismo de ação drug delivery: ao passar o equipamento sobre a pele, microcanais são criados e dessa forma os cosméticos ou formulações aplicadas em sequência permeiam de forma muito mais eficaz e rápida. Na literatura uma gama de estudos que relatam a efetividade da técnica no aumento da permeação dos ativos; podendo variar a partir de 80% a 500%, deste modo, os ingredientes ativos presente nos produtos de tratamento podem alcançar as partes mais profundas da pele com mais eficácia do que se fossem aplicados apenas de maneira tópica
O microagulhamento facial serve tanto para homens quanto para mulheres que querem tratar problemas como: rugas, flacidez, estrias, cicatriz de acne, serve para tratar queda de cabelo, cicatrizes hipertróficas e queimaduras.
O procedimento pode ser realizado em qualquer parte do corpo, como:
Primeiramente, a região a ser tratada é higienizada.
É feita a aplicação de creme anestésico para que não haja desconforto ao cliente.
Após uma avaliação, o profissional escolhe a agulha a ser usada (que varia de caso a caso).
Durante a aplicação, o Microagulhamento é associado ao ativo mais eficaz para o tratamento (podendo ser Peelings superficiais ou Fotoativados).
Para que o procedimento seja eficaz, deve-se atentar aos cuidados
necessários pós-procedimento, como: evitar exposição solar, manter a pele sempre limpa, não utilizar maquiagem ou protetor solar em menos de 24 horas.
Nos primeiros dias após a aplicação do microagulhamento, a pele pode apresentar vermelhão intenso que se atenua nas primeiras horas e regride em até dois dias. A recuperação é rápida e a normalização ocorre entre 3 a 7 dias.
O procedimento não é recomendado para pessoas com problemas de coagulação sanguínea, em uso de anticoagulantes, pessoas com diabetes não controlada, pessoas com câncer ou lesões ativas na pele, em regiões com rosácea, verrugas e queimaduras. O microagulhamento também não deve ser feito em pessoas com muita acne inflamada ou herpe ativa.
Pessoas com propensão a ter quelóides precisam ser avaliadas antes do procedimento. Quem possui psoríase ou faz uso de isotretinoína também não devem ser tratadas com o procedimento.
O microagulhamento junto com a administração de medicamentos não é indicado para gestantes, mas, se for feito apenas o tratamento mecânico, não há contraindicação formal. (Precisa consultar o seu médico antes de realizá-lo).
O microagulhamento é uma técnica simples, promissora e de fácil aplicação, um tratamento inovador e vem sendo utilizado para diferentes patologias dermatológicas. A técnica age de duas maneiras: sendo uma estimulando a produção natural de colágeno (PNC), através da resposta ao processo inflamatório; e outra facilitando o Sistema de Acesso Transdermal de Ingredientes (SATI), conhecido como “drug delivery”: o aumento de permeação de ativos.